- Para você, garoto, faço por R$ 200,00.
- Tudo isso! Não tem desconto?
- Desconto? Olha pra mim, garoto. Vê se eu tenho cara de quem dá desconto. Sou de luxo.
- Mas é prostituta.
- Olha como fala comigo, garoto. Não sou prostituta, sou acompanhante..
- Ganhou promoção é? Tem plano de carreira?
- Saiba você que sou mercadoria de primeira, do tipo que não se encontra em qualquer esquina.
- Realmente não é em qualquer esquina, é sempre nesta.
- Bom, é R$ 200,00 e ponto final.
- Não, calma aí. Vamos negociar.
- Que negociar, garoto. Não tenho tempo pra isso. Se não quer, não empaca, pois tenho outros clientes pra dar atenção. Igual a você, eu tenho mais uns duzentos clientes que não me pedem desconto algum.
- Eles são eles. Eu sou diferente.
- Diferente... como?
- Se eu te fizer um cafuné, você dá desconto?
- Cafuné?
- É, faço cafuné.
- Tá louco, garoto? Vê se pode...
- É sério, faço cafuné em você.
- Mas... é... faz assim, com a mão? Na minha cabeça?
- Claro.
- Nossa, ninguém fez isso antes.
- Eu disse que sou diferente.
- Tá bom, se você fizer um cafuné em mim, eu faço por R$ 150,00..
- E se eu te encher de beijinhos carinhosos antes, durante e depois da transa?
- Beijinhos? Estaladinhos?
- É, bem gostosos.
- Bem... é... bem carinhosos?
- Os mais carinhosos que você já teve.
- É... R$ 120,00 tá bom?
- Digamos que eu também possa dar umas lambidinhas na sua orelha...
- Ai garoto doido! R$ 110,00.
- E se eu também falar umas sacanagens no seu ouvido?
- R$ 100,00.
- E se eu te abraçar bem forte no final?
- R$ 50,00!
- E se eu te pedir em casamento?
- Eu caso, garoto! Eu caso!
- Aí não... fica muito caro. Vamos fechar em R$ 50,00 mesmo.
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